quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Baby Baby Baby

Descobri esta revista .. Baby Baby Baby


Material bem bacana. Editoriais, ilustrações, colagens, bandas novas... tudo com cara dessa juventude com ares dos anos 80.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

"Picture dress"

Antes das anquinhas e crinolinas sumirem por completo, um vestido ainda mantinha aquele volume característico das saias.

Jeanne Lanvin, picture dress. Vogue inglesa, Fevereiro 1926.

Um vestido de cintura alta, com saia ampla chamado "Picture dress", manteve na década de 20 esta ligação com as roupas do passado. Enquanto as formas dos vestidos estavam ficando retas, esta peça tinha uma saia longa e volumosa junto ao corpinho justo e geralmente na altura da cintura natural.

Jeanne Lanvin adotou este estilo usando tons pasteis, e suas clientes eram debutantes e mulheres mais velhas que gostavam de uma roupa mais romântica e feminina.

A expressão "picture dress" se referia aos vestidos desenhados para ocasiões formais como casamentos, festas de formatura e por aí vai.

Foto de Seeberger, n. 129. 1926.

Algumas mulheres foram fiéis ao "Picture dress" durante toda a década, e a peça sofreu alterações no comprimento das saias e a cintura foi abaixada.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Cabelos e cabelos

Cabelo tem sido um assunto que insiste em aparecer em minhas conversas ultimamente. A eterna luta de cortar ou não cortar e por aí vai. (Nunca tive muita paciência para cabelos compridos). E como estou falando sobre Art Deco aqui no blog, me lembrei da Louise Brooks e seu corte de cabelo.

O cabelo segue a moda de pertinho, e durante os anos 20, o cabelo era cortado bem curto, uma tendência que começou a aparecer um pouco antes da Guerra. Em 1917 Chanel cortou suas madeixas para promover sua nova linha esportiva, mas eram poucas as mulheres de cabelos curtos e a maioria se mirava aos caixos de Mary Pickford.

Após a Guerra, o tango influencia a moda e os coques eram ideais para os chapéus menores e mais justos da época. Por serem bem alinhados e junto a cabeça, os coques seriam o primeiro passo rumo ao cabelo curto.

Por volta de 1924, as mulheres ja haviam adotado o novo corte de cabelos curto e suas variações como com franjas, partido ao meio, ou penteado para trás com gel. O cabelo preto e cheio de Louise, que aparece cortado em ângulos e linhas retas, é imortalizado em seus filmes, e copiado por milhares de mulheres. Na década de 30 as linhas retas saem de moda e dão lugar a ondas que davam um ar mais feminino as mulheres.

sábado, 14 de novembro de 2009

A exibição de 1925

A Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes, aconteceu em Paris em Abril de 1925. Durou seis meses com o intuito de mostrar os talentos da França e com Jeanne Lanvin, Jean Paquin e Paul Poiret a bordo, a moda ficou em primeiro plano, reafirmando que Paris era o lider mundial em glamour e elegância.

A indústria do luxo (peles, alta costura, perfumes, vidro, jóias, e móveis), mostravam seus objetos em quatro localidades diferentes. Nomes como Lanvin, Callot Soeurs, Jenny, Paquin, Vionnet e Worth, os mais importantes da moda, foram recebidos pelo "Pavilhão da Elegância", criado pelo designer Armand Rateau. Vestidos de festa e mantos riquíssimos vestiam novos mannequins Siégel, criados especialmente para o evento por André Vigneau.

Baseados nas figuras das ilustrações de moda da época, estes manequins tinham os cabelos esculpidos, membros alongados e o corpo tubular. Eram pintados de vermelho, roxo, dourado, prateado, preto ou da cor natural da madeira. As poses realistas, como se estivessem se maquiando, ou sentadas em canapés, deixavam os visitantes um pouco surpresos e perturbados.
Ao longo da exposição, eles foram fotografados por várias pessoas inclusive Man Ray, e passaram a ser um objeto em potencial para as fotografias artísticas.

Enquanto o "Pavilhão da Elegância" era reservado para a alta-costura mais conservadora, a "Rua das Boutiques" exibia a moda avant-garde, representada por Sonia Delaunay. Modelos vestidas com as roupas de Sonia foram fotografadas em frente a um carro pintado por ela mesma, e também árvores cubistas de Martel. Comparadas às roupas do outro pavilhão que eram elegântes mas datadas, as peças de Sonia era modernas e se tornaram o foco da exposição.

As criações de Paul Poiret eram apresentadas em outros ambientes, como o ambiente "Amor", dedicado ao design de interiores, e o "Delícias", um elegânte restaurante. As ilustrações de Raoul Dufy apresentavam as últimas coleções de Poiret.

A exposição foi um evento sem precedentes e recebeu milhões de pessoas da Europa e turistas da América, além das centenas de expositores. Seu impacto na alta-costura e no mundo da moda foi imediato e continuaria até a década seguinte.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Mulheres Reais

Contagem regressiva para o final da exposição "Mulheres Reais - Modos e Modas no Rio de Dom Jõao VI".

A exposição chegou em Belô no dia 09 de outubro para contar um pouco sobre a chegada da corte ao Brasil em 1808 pelo viés das mulheres. Mulheres da realeza, mulheres do povo, mulheres negras, faziam e aconteciam mesmo com todas as impossibilidades. Além da produção de peças baseadas em pinturas das rainhas e nas aquarelas de Debret, podemos ver de pertinho peças originais da época que vieram do Museu Nacional do Traje em Lisboa, e uma encenação do cotidiado das mulheres do Rio de Janeiro. Também vemos toda a beleza negra que misturando tudo, deu origem a nossa brasilidade.

Palácio das Artes - BH - MG
Evento:
Mulheres reais – modas + modos no Rio de D. João VI
Local: Galeria Alberto da Veiga Guignard
Data: 09 de outubro a 22 de novembro
Horário: 2ª-feira, 18h-21h / de 3ª-feira a sábado, 9h30-21h / domingo, 16h-21h
Entrada franca
Balcão de Informações: (31) 3236-7400

www.exposicaomulheresreais.com